O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos nesta sexta-feira lançou uma campanha de educação “Free e Equal” (Livre e Igual), sem precedentes para o público global de educação sobre os direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (LGBT).
Numa conferência de imprensa realizada na Cidade do Cabo, África do Sul, a Alta Comissária para os Direitos Humanos da ONU(Organização da Nações Unidas), Navi Pillay, acompanhada pelo Arcebispo Emérito Desmond Tutu e Justice Edwin Cameron do Tribunal Constitucional Sul-Africano para anunciar o projeto. A declaração de apoio foi lida em nome da renomado cantora Sul-Africana e embaidora da Boa Vontade da UNICEF Yvonne Chaka Chaka.
“A Declaração Universal dos Direitos Humanos promete um mundo no qual todos nascem livres e iguais em dignidade e direitos – sem exceções, ninguém é deixado para trás”, disse o Alto Comissário Pillay. “No entanto, ainda é uma promessa vazia para muitos milhões de pessoas LGBT forçados a enfrentar o ódio, a intolerância, a violência ea discriminação em uma base diária.”
“A mudança de atitudes nunca é fácil. Mas isso já aconteceu em outras edições e está a acontecer já em muitas partes do mundo. Ela começa com conversas, muitas vezes difíceis”, Pillay passou a dizer. “E é isso que nós queremos fazer com esta campanha. “Free e Equal” vai inspirar milhões de conversas entre as pessoas em todo o mundo e em todo o espectro ideológico.”
A campanha “Free e Equal” tem como objetivo aumentar a conscientização sobre a violência homofóbica e transfóbica e discriminação, e incentivar um maior respeito pelos direitos das pessoas LGBT. Ao longo do próximo ano, vamos lançar uma variedade de conteúdos criativos ao longo das linhas de ‘The Riddle “, um vídeo divulgado pelo OHCHR para o Dia Internacional Contra a Homofobia e Transfobia, e ‘A história de uma mãe do Brasil’, que é o primeiro de uma série de filmes/entrevistas com os familiares das pessoas LGBT em todo o mundo.
A campanha segue um relatório OHCHR publicado em dezembro de 2011, que foi o primeiro relatório oficial da ONU sobre a violência e discriminação contra pessoas LGBT. O relatório documentou abusos generalizados dos direitos humanos. Hoje, mais de 76 países ainda criminalizam, relações homossexuais consensuais, enquanto em muitos mais a discriminação contra pessoas LGBT é generalizada – inclusive no local de trabalho, bem como nos sectores da educação e saúde. Violência ódio motivados contra pessoas LGBT, incluindo agressão física, violência sexual e assassinatos seletivos, foi registrada em todas as regiões do mundo.
A campanha terá como foco a necessidade de ambas as reformas legais e educação pública para combater a homofobia e transfobia. Uma série de celebridades que tem compromisso com a igualdade prometeram o seu apoio para “Free e Equal”, tornando-se Campeões da Igualdade da ONU e ajudar a espalhar mensagens e materiais de campanha através da mídia social. Estes incluem o astro pop Ricky Martin, a cantora Sul Africana Yvonne Chaka Chaka, a atriz de Bollywood Celina Jaitly e cantora brasileira Daniela Mercury.
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Fonte: ONU /JPUS Brasil
