A diferença da primeira vez que partiram seu coração deixando apenas a dor, Paty Cantú aprendeu a transformar suas emoções em pop rítmico e é o que mostra seu novo álbum Corazón bipolar.
“Minha primeira vez com coração partido foi meu disco passado, essa foi a consequencia. Agora parei de me apaixonar e voltei a me apaixonar, e me senti diferente e tentei mostrar esses contrastes. Gostei da ideia de contar como me sinto, mas também adicionar como eu quero me sentir”, disse na última segunda-feira (5) durante a coletiva de imprensa.
“O que quis fazer com Corazón bipolar foi pegar o que me aconteceu e não fazer drama e sim dar risada”, apontou sobre sua nova produção.
Editado pela EMI Music, Corazón bipolar, foi lançado com 12 faixas onde Cantú mistura ritmos com influencias das décadas de 1970 e 80 assím como letras em que reflete sobre temas variados como a vida ou as relações de codependencia.
“Me vejo definitivamente diferente, tão diferente que já não me auto comparo, nem com o que fiz em meus trabalhos passados. Me atrevi e graças a Deus tudo saiu bem”, falou sobre o novo cd em que conserva o pop que a distinguiu desde que estreou em 2003 com a extinta dupla Lú.
“Seguem havendo baladas, historias de amor que aconteceram na minha vida e na de outros, mas com esta essencia de personalidade propria que queria que tivera o disco”, destacou.
Sua busca de contrastes se deixa ver em temas como Quiero x 2, em que reflete sobre a vida e a morte; Ojalá que escreveu quando estava em um relacionamento e Aparador, em que fez uma parceria com a roqueira María Barracuda e a rapper Niña Dioz, onde fala das exigências físicas para as mulheres.
“A escrevi em um momento em que decidí me rebelar diante das minhas proprias inseguranças e estas coisas que nos é exigida não só meio (artístico) senão no mundo”, se referiu sobre a faixa.
Paty contou que já foi vítima deste tipo de discriminação. “Me deparei com portas fechada por falta de peito ou as vezes por ser muito magrinha”, disse sem deixar de sorrir.
A cantora confessou que esta situação “me afetou” no começo, pelo que gostaria que seu tema fizesse parte de alguma campanha de apoio as mulheres.
Cantú, de 28 anos, se destacou na cena pop graças seu lado como compositora, com faixas sendo interpretadas por María José, Danna Paola e Dulce María, virando sucessos.
Para ela a composição é uma maneira de mostrar sua autenticidade artística.
“Não quero usar as canções e composição como uma fórmula para fazer dinheiro e dizer: ‘Ah, as pessoas gostam que chore, só vou fazer músicas tristes’. Quero ser honesta, que as pessoas se deem conta de que sentimos as mesmas coisas”, disse a mexicana que já explora outras facetas criativas como a de produtora de televisão de uma serie que planeja estrear em 2013.