Mostra itinerante inédita sobre a rica diversidade cultural do povo boliviano é atração no centro paulistano
‘Máscaras – faces da alma boliviana’ é uma exposição itinerante inédita, com peças de significativo valor estético e de tradição milenar, pertencentes ao acervo do Museo Nacional de Etnografía y Folklore – MUSEF, de La Paz e que pela primeira vez saem do território boliviano. A mostra acontece na Caixa Cultural São Paulo (Sé), de 17 de julho a 29 de agosto de 2010, com entrada franca.
Símbolo sagrado na Bolívia, a máscara representa as diversas faces da alma coletiva, está profundamente enraizada na natureza humana e possui uma extraordinária força, tanto individual quanto grupal. Tem poder de nos conduzir ao limiar do mundo do intangível, um mundo mágico, criativo, metafórico e impalpável.
Essa exposição é uma amostra do importante trabalho desenvolvido pelo MUSEF, em La Paz e pretende difundir a rica diversidade cultural do povo boliviano. Apresenta uma seleção de 47 máscaras das regiões dos Andes (18), Amazônia (15) e Chaco (14) bolivianos, associadas a rituais e eventos festivos, tanto urbanos como rurais, que mostram as diferentes formas de estruturar o espírito coletivo da nacionalidade boliviana.
Entre as peças expostas estarão máscaras guaranis, utilizadas na festa de Arete (Carnaval), exemplares urbanos, de Oruro e La Paz, além de outras representativas da festa do padroeiro San Ignacio de Moxos.
A mostra conta com o patrocínio da Caixa Econômica Federal e apoio do Consulado da Bolívia em São Paulo, da Embaixada do Brasil em La Paz e da TAM Mercosul. Durante a abertura haverá apresentação de grupos folclóricos bolivianos.
Sobre a Bolívia
A Bolívia é um Estado plurinacional habitado por povos indígenas de origem camponesa e com grande diversidade de identidades urbana e rural. No passado, existiram mais de 72 línguas, que foram desaparecendo como resultado da exploração do trabalho, escravismo, guerras, doenças, etc. Atualmente, mais de 36 línguas e famílias linguísticas convivem no território:
1. Terras altas (altiplano e vales): Quíchua, Jaqe (aymara), Uru (Chipaya, Murato, Iru Itu), Machajuyai-kallawaya.
2. Terras baixas (Amazônia, oriente e chaco): Tacana (Araona, Caviñeno, Ese Ejja, Tacana, Toromona); Tupi-Guarani (Guarani, Tapiete, Sirionó, Guarayo, Yuqui e Guarasug’we Pauserna); Zamuco (Ayoreode); Aravakan (Baure, Moxo-Ignaciano, Moxo-Trinitario), Pano (Chacobo, Pacahuara, Yaminawa); famílias ou línguas isoladas: Bésiro, Puquina, Itonama, Leco, Yuracare, More, Movima, Weenhayek, T’simane, Mosetén, Maropa, Canichana, Cayubaba e Machineri.
Segundo dados do Censo 2001, quatro grupos linguísticos habitam as terras altas e correspondem a 42% da população do país. Paradoxalmente, nas terras baixas, que representam dois terços do território nacional, encontram-se a maioria dos grupos linguísticos, que são falados por uma minoria de 101.171 habitantes (1,5% da população). Outra grande parcela da população boliviana (56,5%) fala somente espanhol e está distribuída em todo o território.
Sobre o MUSEF
O MUSEF, um dos museus mais ricos em acervo antropológico das antigas civilizações latino-americanas, é mantido pela Fundação Cultural do Banco Central da Bolívia. É uma instituição pública, sem fins lucrativos, comprometida com as questões das “Culturas Vivas da Bolívia” oriundas das áreas rurais e centros urbanos, diferenciadas por particularidades étnicas notórias e sutis, com suas variáveis regionais e dialetos. Desde sua origem, em 1962, desenvolve um trabalho de registro, documentação, estudo e difusão dos saberes e produtos culturais das diferentes etnias do território boliviano, explicando as complexas inter-relações que definem sua identidade. O museu conta com uma biblioteca e videoteca especializadas em antropologia, etnologia e áreas afins.
Ficha ténica:
Produção Cultural: Aori Produções
Acervo: Museo Nacional de Etnografía y Folklore – MUSEF
Curadoria: Freddy Taboada
SERVIÇO:
Exposição ‘Máscaras – faces da alma boliviana’
Abertura para convidados e imprensa: dia 17 de julho de 2010, às 11h
Visitação: de 17 de julho a 29 de agosto de 2010
Horário de visitação: de terça-feira a domingo, das 9h às 21h.
Local: CAIXA Cultural São Paulo (Sé) – Galeria Neuter Michelon – Praça da Sé, 111 – Centro – São Paulo/SP
Informações, agendamento de visitas mediadas e translado (ônibus) para escolas públicas: (11) 3321-4400
Acesso para pessoas com necessidades especiais
Entrada: franca
Recomendação etária: livre
Patrocínio: Caixa Econômica Federal